O governador do Piauí, Wellington Dias, anunciou a suspensão das negociações com os servidores em greve. Segundo ele, o Estado já foi até onde podia nas propostas feitas aos grevistas.
Wellington Dias visitou as obras da ponte Wall Ferraz na manhã desta quinta-feira (18). Ele disse que o Piauí foi o único estado em que o governo recebeu os professores para fazer negociações, e que se for atender as reivindicações terá de atrasar a folha de pagamento.
O governador dissr que vai, por conta da falta de acordo com os grevistas, descontar os dias faltosos. “Não é justo que o Piauí receba os professores, faça proposta boa e receba greve em troca. É insensatez.”, disse Wellington Dias, acrescentando que houve queda na arrecadação do estado, e que por isso não pode oferecer um reajuste maior do que já foi proposto, e que se o fizer, vai prejudicar todo o Piauí.
Educação
Trabalhadores da rede estadual de educação se reuniram em frente ao Palácio de Karnak, na última segunda-feira (15) para negociar o pagamento do reajuste de 11,33% estipulado para a categoria em 2015. Após as negociações dentro da sede do governo, os servidores decidiram pela greve.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores do Estado (SINTE), o governo concedeu apenas 9% deste reajuste, e os 4% restante viriam parcelados em duas vezes em janeiro e fevereiro.
Durante as manifestações, Expedito Pacífico, da secretaria de funcionários do Sinte, denunciou que a categoria ganha não só abaixo do piso nacional como também do salário mínimo. “O Governo coloca que o piso do professor do Piauí está acima do piso nacional. Só que nós temos as nossas gratificações integradas ao vencimento. Sendo assim, o salário é inferior, por que se forem desencorporadas as gratificações, o piso do professor no Piauí fica abaixo do salário mínimo.”
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Andrê Nascimento, com informações de Robert Pedrosa