
Vim porque pode ser minha última chance de voar de graça e comprar uns celulares a preço de banana.
E, é claro, pra ser filmado. Minha campanha eleitoral é internacional, pô.
Trouxe comigo o Dudu, porque ele fala inglês very well, e o Malafaia e um padre, pra parecer que Deus tá comigo.
Aliás, uma hora, lá no avião, eu fiquei em pé numa cadeira, botei uma bandeja na cabeça e eles ficaram gritando “God save the mito, God save the mito!
Se tem uma coisa que eu gosto, é respeito. Mas o melhor foi quando veio a sobremesa. Aí eu fiz de conta que era a rainha se engasgando com o bolo inglês (adoro imitar gente morrendo).
Bom, mal a gente chegou em Londres, já fiz meu primeiro comicy na frente da embaixada. Foi a maior gritaria. Aqui é Brasil, pô!
Aliás, eu sei que já tão falando mal de mim por lá, só porque eu nunca visitei um hospital, e, mesmo depois que liberaram a ida aos enterros, nunca fui ver um defunto de covid.
Pô, mas é claro! Enterro de pobre é um horror. Lembro que o Caco Antibes, meu personagem preferido no Sai de Baixo, disse que enterro de pobre é uma procissão de Chevette e Brasília, e sempre tem uma gorda que dá escândalo, pula dentro da cova e diz que quer ser enterrada junto com o defunto.
Kkk! Já enterro de rainha é chique no último. Ou chic in the last, como se fala por aqui. Continue lendo “Tô em Londres. Minha campanha eleitoral é internacional, pô” →