
Nesta quinta-feira (11), o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI) declarou ilegalidade na greve deflagrada na quinta (4) passada pelos trabalhadores em enfermagem. O TJ determina ainda a imediata suspensão do movimento grevista sob pena de multa diária no valor de R$50 mil reais.

De acordo com a decisão deferida pelo Desembargador Erivan Lopes, a categoria está provocando o adiamento de cirurgias pondo em risco a saúde e a vida da população que depende dos serviços públicos.
“O elevado número de ocorrências durante o carnaval e o consequente aumento de consultas, exames e cirurgias no período posterior as festas carnavalescas evidencia que a paralisação trará manifesto prejuízos àqueles que dependem dos serviços públicos de saúde, expondo a população à grave risco de vida”, diz a decisão.
Durante a manifestação realizada na manhã da quinta (4) em frente ao Palácio de Karnak, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem do Piauí (Senatepi), João Sérgio de Moura, já havia alertado aos grevistas sobre a possibilidade da Justiça decretar ilegalidade do movimento. “Não vamos nos deixar levar pelos meios de comunicação anunciando a ilegalidade da greve pela Justiça. Vamos continuar a paralisação”, disse.
Na mesma ocasião, João Sérgio havia alertado a população para cuidados no período do carnaval devido a limitação no atendimento de saúde nos hospitais. “O litoral do Piauí e em Teresina estarão com paralisação em massa. Cuidado na estrada. Se beber, não dirija”, exclamou.

A categoria alega que foi enganada pelo Governo na greve realizada no ano passado, quando lhe foi prometido o pagamento de insalubridade no mês de dezembro, além de descumprir o reajuste salarial deste ano.

“O Governo cortou metade da insalubridade que já estava sendo paga errada. Somos 3.800 trabalhadores em sua maioria mulher, mãe de família. É uma vergonha a pessoa ter um piso menor de mil reais e ainda sofre com o corte de insalubridade”, reclamou o presidente.
Por: Claryanna Alves | Capital Tere