Uma jovem de 16 anos vítima de um estupro prestou depoimento, na quinta (26), na DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática), da Polícia Civil do Rio.

Os policiais investigam a informação de que a adolescente teria sido estuprada por mais de 30 homens no morro da Barão, em Jacarepaguá, na zona oeste da capital. Ao jornal “O Globo” ela disse: “Quando acordei tinham 33 caras em cima de mim. Só quero ir para casa”.
Após o depoimento, a adolescente passou por exames em um hospital público, onde recebeu um coquetel de medicamentos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
Nas redes sociais, circula um vídeo de menos de um minuto em que a vítima aparece nua, ferida e desacordada. Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por “mais de 30”. Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.
“Essa daqui é a famosa ‘come rato’ da Barão”, diz um homem no vídeo, enquanto grava a menina inconsciente. “Mais de 30 engravidou [sic]”, diz outro homem, rindo. Ao menos três vozes masculinas podem ser ouvidas na gravação, debochando do estupro cometido.
Além do vídeo, também foram colocadas na internet fotos dos órgãos sexuais da jovem, com ferimentos visíveis. “Amassaram a mina, intendeu ou não intendeu [sic]? kkk”, escreveu no Twitter um homem, numa postagem com foto da vítima. Segundo a polícia, o vídeo foi gravado na noite do último sábado (21). A jovem estava desaparecida, mas foi encontrada por um agente comunitário e levada para casa nesta quarta (25).
A avó da jovem disse à FOLHA ter chorado após ver as gravações do crime que circularam pelas redes sociais.
Policiais já identificaram três homens que teriam participado do caso. Um deles seria morador da favela de Cidade de Deus e outro do bairro de Santa Cruz, ambos na zona oeste da cidade. O terceiro identificado teria sido responsável por postar o vídeo na rede social.
Responsável pelo caso, o delegado Alessandro Thies pediu que aqueles que tiverem qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos autores entrem em contato pelo e-mail alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br
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