Jovem médica picoense faz campanha nas redes sociais por doação de medula óssea

A piauiense Larissa Almondes da Luz, de 27 anos, natural do município de Picos, foi pega de surpresa este mês ao receber o resultado do exame de sangue de rotina. Foi diagnosticada com Leucemia, um tipo de câncer que se inicia na medula óssea e afeta a produção dos glóbulos vermelhos (componente do sangue). Ironia do destino ou não, hoje, a médica luta para salvar a própria vida.Jovem médica picoense faz campanha nas redes sociais por doação de medula óssea

Sem nenhum doador compatível até o momento, a jovem está há 10 dias internada com quadro estável, em hospital, em Recife/PE, e tem no apoio da família sua principal fonte de esperança. O caso da jovem médica tem mobilizado os internautas, pois sua família lançou nas redes sociais uma campanha de doação de médula óssea, como forma de encontrar um doador compatível, não só para Larissa da Luz, como para os demais pacientes que esperam em hospitais.

“Minha filha e muitas outras pessoas estão dependendo da solidariedade das pessoas. Foi um choque para todos nós. A sensação é ruim, vê-la precisando de algo que não podemos dar, já que não depende de nós, é triste. Estamos nas mãos de Deus”, fala emocionado o pai Valdenor Antônio da Luz.

Além do diagnóstico de Larissa da Luz, o que também entristeceu a família foi saber que nenhuma de suas irmãs, Elaine Almondes e Emanuela Almondes, são compatíveis para realizar a doação.

“Está sendo muito difícil para nós, desde quando recebemos o resultado do exame e foi constatada a alteração no hemograma. O pior disso foi saber que não podíamos ajudar diretamente. A vida da minha irmã depende da atitude solidária das pessoas”, desabafa Elaine Almondes, que revelou ser doador de médula, tal como Emanuela Almondes.

Para quem tiver interesse em se tornar doador de médula óssea, deve se deslocar a um Centro de Hematologia e Hemoterapia do seu estado, portando o RG ou qualquer outro documento oficial com foto e preencher os dados pessoais exigidos durante o cadastro.

Piauí já tem 10 mil doadores de médula cadastrados

No Piauí, este ano, o número de doadores de medula óssea duplicou em relação ao ano passado, já são cerca de 10 mil doadores, segundo dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) do Hemopi.

Mesmo com o aumento considerável no número de doadores no estado, a chance de se encontrar um que seja compatível é de 1 para 100 mil pessoas. Apesar da probabilidade ser pequena, é possível se o número de doadores cadastrados no Banco Nacional de Doadores for ampliado.

“A pessoa tem que ter entre 18 a 55 anos e estar bem de saúde, ou seja, não ter nenhuma doença infectocontagiosa. Estar com o documento oficial com foto e ter se alimentado normalmente. São retirados de três a 10ml de sangue. Não traz nenhum prejuízo ao adoador, já que a médula se recompõe em 15 dias”, esclarece Gilkelle Medeiros, supervisora do Redome/Hemopi.

O Redome do estado fala sobre a importância de atualizar os dados pessoais em cada centro, principalmente, informações que ajudem a localizar o doador voluntário.

“Qualquer alteração nos dados do voluntário é importante ser atualizado. Vai facilitar a localização dessa pessoa e agilizar inclusive o procedimento de doação. Uma vida depende disso”, pontua Gilkelle Medeiros.

Jornal Meio Norte