Não deu para o Galo. Mesmo jogando com um a menos durante quase todo o segundo tempo, o Botafogo-SP suportou a pressão do River e o grito dos 40 mil torcedores na tarde deste sábado no Albertão, conseguindo segurar o 0 a 0 e sagrando-se campeão brasileiro da série D. Aos riverinos, resta comemorar o acesso, e pensar nos desafios do ano que vem.
River ataca, Bota defende
Flávio optou por entrar com três atacantes – Eduardo, Célio Codó e Fabinho. O jogo começou muito igual, disputado no meio de campo e com as duas equipes se comportando de forma cautelosa. Mas o River não demorou a pressionar. Buscando acuar o Pantera em seu campo defensivo, o River insistia nas jogadas pela esquerda.
Pouco antes da parada técnica para reidratração, o Galo teve uma boa chance em cobrança de falta de Tote, que acabou subindo demais.
Aos 39, uma das chances mais claras do primeiro tempo. Eduardo avançou pela direita, cruzou para a área e Fabinho avançou para finalizar, mas bateu prensado com a zaga. A bola acabou passando muito perto do gol.
Com o Botafogo todo atrás e os riverinos insistindo, o primeiro tempo terminou como começou: com o placar zerado.
Um a menos no Pantera, e mais pressão
As equipes voltaram sem mudanças para a etapa complementar. O River começou a pressionar, e o Botafogo-SP se defendia como podia – e como não podia. O volante César Gaúcho parou Júnior Xuxa com falta dura e acabou levando o segundo amarelo, indo para o vestiário mais cedo.
No grito da torcida, a pressão do River se intensificou. Todo recuado no campo defensivo, o Pantera se virava para evitar o gol do Galo. Girando a bola de um lado para o outro, o Galo tentava, tentava… e o Botafogo se trancava todo.
Flávio Araújo resolveu mexer no time e mandou Esquerdinha para o lugar de Amarildo. Pouco depois dos 30, Eduardo recebeu passe na área e bateu bem, mas Neneca fez a defesa. No lance seguinte, foi a vez de Rafael Araújo perder chance clara – o defensor aproveitou bola alçada na área para escorar de cabeça, mas a bola passou sobre o gol, arrancando mais um “uhhhh” da massa riverina no gigante da Redenção.
Correndo contra o tempo, o River partiu com tudo para cima. Robinho foi para o lugar de Jadson, e Raphael Freitas substituiu Júnior Xuxa. Foram as últimas cartadas do treinador Flávio Araújo, diante dos contornos dramáticos da partida. Apesar da pressão, o 0 a 0 permaneceu, dando o título ao time de Ribeirão Preto. Festa do Pantera, e o grito de campeão ficou entalado na garganta de mais de 40 mil tricolores piauienses.
Por: Dowglas Lima | Jornal Meio Norte