Servidores da UFPI decidem fazer greve contra PEC 241

Os servidores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram, na manhã desta quinta-feira (20), paralisar suas atividades a partir desta segunda-feira (24) por tempo indeterminado. O motivo da greve a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241. (que prevê cortes nos gasto do Governo Federal, apresentado no Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB).

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O presidente da Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (SINTUFPI), Alberto Silva de Oliveira, disse que a greve será deflagrada, pois são muitos os prejuízos para a categoria causada pela PEC 241.

“Os prejuízos são muitos, como corte de incentivos a nossa qualificação; congelamento de salários por 20 anos; quebra da paridade; corte de verbas para as universidades e para a saúde”, declarou Alberto Silva de Oliveira.

Ocupação da Reitoria

Desde o dia 18 deste mês, cerca de 40 estudantes, de 20 cursos, ocupam a reitoria da Instituição. Os estudantes estão se revezando, dormindo e se alimentando na reitoria.

Pela manhã, os ocupantes se reuniram com os funcionários da UFPI para explicar os motivos da ocupação. Segundo eles, a ocupação é contra a PEC 241.

Joana D’arc, estudante de Comunicação Social, disse que a ocupação já tem 48 horas e os estudantes decidiram ocupar a reitoria por conta da conjuntura nacional e local que exige uma posição dos estudantes contra a emenda 241 e a reforma do ensino médio.

“Estão abrindo um debate, pois as medidas foram uma imposição do governo e a sociedade não foi convocada para o debate, e isso, é muito importante. Também é importante o debate contra o corte do número de vagas nos Institutos Superiores. Somos contra a PL (Projeto de Lei) 193 de 2016, que é a da Escola Sem Partido. Essas medidas caracterizam um desmonte do serviço público e também são ataques ao ensino público superior e médio do Brasil”, afirma Joana D’arc.

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Segundo a estudante, por se tratar de questões nacionais, a ocupação na reitoria é por tempo indeterminado. Joana D’arc também afirma que estão sendo discutidas mudanças na UFPI, como o modelo de segurança mais humanizado, pois alguns cursos já sofreram retaliações.

“Resolvemos propor uma segurança mais humanizado, que dialogasse com público estudantil. Estamos discutindo também a questão das cotas raciais na pós-graduação. Nós, da Comunicação Social, estamos denunciando o sucateamento dos laboratórios e da Rádio. Temos pautas nacionais e locais.

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Por: Efrém Ribeiro | Jornal Meio Norte