“A vida é a melhor escolha!”. Este é o tema da campanha Setembro Amarelo de 2022, que tem como objetivo promover ações de prevenção ao suicídio. Segundo a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, isso sem contabilizar os casos subnotificados. No Brasil, são aproximadamente 14 mil casos por ano, uma média de 38 suicídios por dia. Uma triste realidade que atinge o mundo todo.

Outra comparação revela que em uma sala de 30 pessoas, cinco delas já pensaram em tirar a própria vida. Na grande maioria dos casos, o suicídio está relacionado a doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Por outro lado, existe o aspecto social, que é a ausência de uma rede de apoio, falta de políticas públicas de proteção, amparo, renda, oportunidades, educação, acesso a tratamentos de saúde física e mental.
4Ds
O Ministério da Saúde identificou alguns pontos semelhantes entre os casos de tentativas de morte em prontos-socorros denominados de 4Ds. Em geral os pacientes atribuem o comportamento às situações difíceis na vida, como: divórcio, doença, depressão, desesperança, desonra, desemprego, dor e outras coisas difíceis. Quando quatro dessas situações (que começam com D) acontecem simultaneamente, o risco de a pessoa tentar suicídio aumenta.
“Todos nós passamos por situações como estas, mas não ao mesmo tempo. O que muda é a simultaneidade e a intensidade. Por isso, ouvimos pessoas dizendo: “mas se matou só porque perdeu o emprego?”. Porém, o que não sabem é que esta pode ter sido a gota d’água. Suicídio não tem uma causa única e sim várias”, explica a psicóloga Giseli Cipriano Rodacoski.
– Quais os aspectos psicológicos que podem levar uma pessoa ao suicídio?
Os aspectos podem variar muito de pessoa para pessoa, pois o suicídio é um transtorno multidimensional. Transtornos psiquiátricos e tentativas anteriores de suicídio são fatores que aumentam os riscos de suicídio. Continue lendo “Setembro Amarelo: Praticar empatia e preocupação com o outro é fundamental”